PELA RETOMADA DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA


É uma tolice, uma hipocrisia esse discurso chauvinista (nacionalista) e apartidário, ao mesmo tempo contra a política e contra os partidos políticos de esquerda! Política não é sinônimo de corrupção. Isso é senso comum, ideologia reacionária burguesa.

A política é o meio de realização da politéia, isto é, de uma comunidade de vida feliz. A política é a forma mediadora das relações entre os homens, o meio, por excelência, de superação dos laços não essenciais entre os homens. Se a religião prepara o homem para a santidade, para o além, a política lhe prepara para viver na cidade terrestre! Nestas cidades brasileiras subdesenvolvidas, assoladas pelo desenvolvimento capitalista retardatário, espoliadas pela superexploração do trabalho, pelo privatismo burguês, pelo capital agro-mercantil, pela burguesia industrial pró-imperialista e pelo imperialismo! Somos brasileiros, mas vivemos numa sociedade de classes sociais racista, autocrática, machista, autoritária e que tem aversão ao conflito!

Esquerda é um referente ideológico. Diz respeito a três das seis grandes ideologias modernas: ao anarquismo, ao socialismo e ao comunismo; distintos em gênero, número e grau do liberalismo, do conservadorismo e do reacionarismo. Partidos de esquerda são organizações políticas inspiradas e vinculadas teoricamente a essas ideologias e suas ramificações. Defendem as liberdades individuais conectadas à liberdade coletiva, lutam pela igualdade e solidariedade entre as pessoas. Só o discurso burguês e fascista (liberal, conservador e reacionário) identifica os partidos de esquerda com os partidos políticos da ordem do capital!


Quem se diz de esquerda deve, nesse momento, apoiar e defender a participação dos partidos políticos de esquerda (PCB, PSTU, PCO, PSOL, PCdoB) com suas distintas correntes internas no Movimento do Passe Livre. Deve também defender e buscar alianças com o movimento dos trabalhadores, com o MST, com o movimento dos professores da educação básica e superior, com o movimento LGBT, com o movimento dos sem teto, com o movimento estudantil, com os sindicatos, com todos os movimentos populares dos trabalhadores.

Para que essa revolta se transforme em organização política, é mister conquistar a adesão e o apoio dos trabalhadores em geral.  É preciso articular uma greve geral e somar as demandas políticas históricas por reformas econômicas, educacionais, agrárias, sociais etc.. Em suma, é necessária a mobilização de uma frente única de esquerda. Sem isso, o Movimento do Passe Livre será como a Revolta do Vintém... Não arranhará sequer a superfície do poder burguês e da dupla articulação dos interesses burgueses no Brasil!!!

Apesar do caráter pedagógico dessas manifestações, em breve, tudo poderá continuar a ser como está. Continuaremos optando pela mudança social conservadora? Chegou o momento de retomar a revolução democrática! Esta nunca existiu desde que há a autocracia burguesa aberta e encoberta brasileira. 

A luta continua!!!

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