Eu voto Dilma no segundo turno

Eu voto Dilma no segundo turno com base em  Vladimir Lênin (Esquerdismo: Doença Infantil dos comunismo), Nelson Werneck Sodré (Tudo é política), Caio Prado Junior (A revolução brasileira) e Florestan Fernandes (O que é revolução?). Apesar dos pesares, é a melhor alternativa para os "de baixo" neste momento em que o país está dividido entre duas opçoes ideológicas diferentes: neodesenvolvimentismo e  neoliberalismo.

Não compactuo com nenhuma dessas ideologias nem sou petista, mas se quisermos mudar o Brasil, precisamos construir os agentes políticos da mudança.  Nas últimas décadas, quem mais tem agido neste sentido é o PT com seus programas sociais, embora o partido tenha abandonado o trabalho de base, de reforma intelectual e moral. Quem tem feito este trabalho é a Escola Nacional Florestan Fernandes do MST, os professores de sociologia e de filosofia, que voltaram graças ao PT. É por isso que devemos lutar, pois as contradições sociais, em si mesmas, não geram consciência política.

Será que o indivíduo bombardeado cotidianamente pelo PIG, formatado pela escola pública, superexplorado no trabalho, iludido na igreja é um agente político? Será que aqueles que não possuem renda são agentes políticos? Só quem desconhece o Brasil critica os programas sociais do PT como bolsa família, mais médicos e direito de aposentadoria a todos após os 60 anos. Embora haja uma ambiguidade nos demais programas sociais, porque promovem a iniciativa privada.

Respeito os votos nulos. A escolha é pessoal. Só discordo de quem vive do próprio trabalho e vota no Aécio, candidato preferido dos que detestam as liberdades individuais, os pobres, os negros, os índios, os LGBTs e daqueles que exploram os recursos naturais do Brasil ("multinacionais", agronegócio, empresários, mineradoras) e o trabalho cotidiano dos brasileiros assalariados.

Essa é minha posição neste debate.

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